Ficar doente é realmente chato, e acontece nos momentos mais inoportunos e inesperados da vida. A grande verdade é que temos o controle de quase nada. A pessoa pode ser contaminada por um vírus a caminho do trabalho e, dias depois, no mesmo percurso, começar a se sentir mal.

A lucratividade com as indústrias do bem-estar é algo alarmante. Vende-se a beleza eterna, saúde, …, mas, enfim! Não te contam que adoecer também é normal. São vários fatores que corroboram para isso e ninguém precisaria se envergonhar por ficar ou estar doente.

A cura real existe!

Não trate apenas dos sintomas, tentando eliminá-los sem que a causa da enfermidade seja, também, elaborada. A doença não é tão ruim assim, do contrário, morreríamos. A morte faz parte da vida, é o ciclo da existência. Se negarmos a morte estaremos, de algum modo, rejeitando a própria vida.

A cura real somente acontece do interior para o exterior. É curar-se da mágoa, da angústia, da tristeza, das incertezas, do gênio forte e petulante, da arrogância em sequer ouvir de outras pessoas novos pontos de vista.

“Sim, diga ao seu médico que você tem dor no peito, mas diga também que sua dor é de tristeza, de angústia.

Conte ao seu médico que você tem azia, mas descubra o motivo pelo qual, você, com seu gênio forte, aumenta a produção de ácidos no estômago.

Relate que você tem diabetes. Mas não se esqueça de dizer que, por não encontrar mais doçura em sua vida, está sendo difícil suportar o peso das frustrações.

Fale da sua enxaqueca, e confesse que padece com seu perfeccionismo, que é muito sensível à crítica alheia e, demasiadamente, ansioso.

Muitos querem se curar, mas poucos estão dispostos a neutralizar em si o ácido da calúnia, o veneno da inveja, o bacilo do pessimismo e o câncer do egoísmo.

Não querem mudar de vida, procuram a cura de um câncer, mas se recusam a abrir mão de uma simples mágoa. Pretendem a desobstrução das artérias coronárias, mas querem continuar com o peito fechado pelo rancor e pela agressividade. Almejam a cura de problemas oculares, todavia não retiram dos olhos a venda do criticismo e da maledicência. Pedem a solução para a depressão, entretanto, não abrem mão do orgulho ferido e do forte sentimento de decepção em relação a perdas experimentadas. Suplicam auxílio para os problemas de tireoide, mas não cuidam de suas frustrações e ressentimentos, não levantam a voz para expressarem suas legítimas necessidades. Imploram a cura de um nódulo de mama, todavia, insistem em manter bloqueada a ternura e a afetividade por conta das feridas emocionais do passado.

Clamam pela intercessão divina, porém, permanecem surdos aos gritos de socorro que partem de pessoas muito próximas de si mesmos”.

Você está disposto a se curar?

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